Capitã Marvel: a primeira protagonista feminina solo do MCU

Capitã Marvel: a primeira protagonista feminina solo do MCU

5 Fevereiro, 2018 0 Por Marcos Marques

Sem sombra de dúvidas, 2017 foi um ano repleto de filmes de Super-Heróis maravilhosos, aumentando ainda mais a crescente popularidade desse gênero entre o público, que só vem crescendo última década. No entanto, é triste perceber que somente nas produções mais recentes as personagens femininas começaram a ganhar papéis de destaque e assumir o protagonismo, fazendo sucesso entre os espectadores. Já tivemos, é claro, filmes de super-heroínas antes: Supergirl foi lançado em 1984, Catwoman lançado em 2004 e Elektra lançado em 2005. Infelizmente, nenhum desses filmes foram considerados bons — na verdade, são filmes bastante ruins para a época, e todos foram um tremendo fracasso de bilheteria e da crítica.  

Por outro lado, é positivo que um dos maiores destaques do gênero em 2017 foi Mulher-Maravilha,  o tão aguardado filme da maior heroína da DC Comics. O projeto do filme já existia desde 1996, passando pelas mãos de diversas pessoas até 2015, quando foi parar em Patty Jenkins. A cineasta assumiu a direção do filme, que teve um sucesso absoluto com mais de 800 milhões em bilheteria ao redor do mundo, batendo de forma gratificante recordes inimagináveis para um filme de super-heroína.

 Após esse importante passo da DC, a Marvel também anunciou o filme solo da Capitã Marvel, uma das heroínas mais incríveis da editora, na Comic Con de 2016. O papel principal ficou para Brie Larson, que recebeu o Oscar de Melhor Atriz por sua atuação em O Quarto de Jack, do mesmo ano.

As expectativas para o filme da heroína já estão altas: Carol Danvers é um pouco parecida com a Mulher-Maravilha, e isso é um ponto positivo. Carol é jornalista e trabalha em uma revista voltada para mulheres, uma revista sobre empoderamento feminino na qual, em diversas historias, Carol se mostra desconfortável com os privilégios masculinos, e não se cala diante disso.

Antes disso, nos quadrinhos, Carol trabalhou nas forças aéreas americanas e, devido a seu bom treinamento, acabou se tornando agente da CIA (chegando até mesmo a trabalhar com Wolverine) e, eventualmente, subindo mais um degrau até o cargo de chefe da NASA. É aí que Carol conhece o Capitão Marvel e acaba se apaixonando pelo herói. No entanto, Carol é raptada por um vilão, fazendo com que seu amado vá resgata-lá no meio do tiro, porrada e bomba –literalmente bomba. Durante uma explosão, Carol tem seu DNA modificado, misturando-se com o código genético  de uma raça alienígena chamada Kree. Após o acidente, Carol abandona o seu posto antigo e começa a trabalhar em uma editora de revistas. A partir daí, a ex-militar passa a ter tonturas constantes e seus poderes começam a aparecer. Cada vez que a jornalista se sentia mal, ela assumia a sua forma interior: a Miss Marvel, combatente dos crimes da cidade.

E a Miss Marvel não era apenas uma super-heroína. No final da década de 1970, com os movimentos sociais ganhando força — principalmente o feminismo –, Carol é uma heroína que, além de combater os vilões, também lutava pelos direitos das mulheres dentro do seu trabalho, buscando igualdade, liberdade e salários equivalentes aos dos homens.

Em uma de suas histórias, Miss Marvel é sexualmente abusada por um vilão, que a manipula, engravida e a lança em uma outra dimensão. Os Vingadores, equipe na qual Carol integrava, não moveram uma pá para ajudá-la. No entanto, a repercussão negativa causada pela violência sexual apresentada no quadrinho fez com que a Marvel Comics preferisse deixar de lado a personagem por tempo indeterminado.

Reprodução © Marvel Comics

Carol somente volta aos quadrinhos anos mais tarde, quando se alia aos X-Men. No entanto, durante um confronto com a Vampira (que na época trabalhava para Mística), a heroína perde sua memória e seus poderes para a mutante. Foi o querido Professor Xavier quem devolveu a memória de Carol, mas não pôde recuperar suas habilidades. Carol só volta a atuar como super-heroína após uma batalha com uma raça alienígena, na qual a mulher desperta novamente seus poderes de forma MUITO LOUCA. De volta a Terra, Carol resolve dar mais uma chance aos Vingadores, porém volta a ter perdas de memória recente, deixando-se levar pela depressão e pelo alcoolismo: ela chega até mesmo a participar de missões bêbada e quase é expulsa dos Vingadores.

A personagem só vai se recompor com a ajuda de Tony Stark, mudando seu uniforme (agora produzido pelas indústrias STARK) e seu codinome, passando a ser Capitã Marvel, por sugestão do Capitão América, em homenagem ao seu antigo amado. Assumindo o novo visual, Carol Danvers se torna definitivamente a Capitã Marvel. Atualmente, Carol trabalha na base espacial ALPHA, a primeira base de defesa da Terra. Ela também é uma das protagonistas da saga Guerra Civil II, na qual enfrenta seu antigo amigo, Tony Stark.

Reprodução © Marvel Comics

Com tantas histórias de enorme potencial, a Marvel tem um prato cheio nas mãos ao optar em trazer a personagem para seu universo cinematográfico. Rumores afirmam que a personagem vai aparecer em Os Vingadores: Guerra Infinita, mas por enquanto nada é confirmado. Uma das roteiristas do filme, confirmou que ela teria sua origem alterada, mas ninguém sabe como será.

Além da questão do entretenimento, o filme também pode ser mais um modelo positivo para as mulheres do mundo inteiro. No momento em que estamos vivendo, com a luta feminina por igualdade de direitos cada vez mais forte, é importante que isso esteja acontecendo. Assim como Mulher-Maravilha, esperamos que o filme da Capitã Marvel seja um sucesso: com certeza, quem se apaixonou por Diana Prince, vai se apaixonar também por Carol Danvers.