Análise|Friendly Neighborhood Spider-Man: O espetacular Peter Parker de Tom Taylor

Análise|Friendly Neighborhood Spider-Man: O espetacular Peter Parker de Tom Taylor

11 Maio, 2019 0 Por Giulia Alves

Há quase 60 anos as histórias do Homem-Aranha têm sido contadas por diferentes pessoas e gerações. O herói é sem dúvidas um marco na cultura pop e um dos maiores nomes da Marvel. É normal que um manto com tanto peso passe muitas vezes por renovações durante as décadas que correm, sejam elas diferentes versões (como Miles Morales e nossa querida Silk) ou somente maneiras novas de escrever a personagem original. E é exatamente isso que Tom Taylor faz.

Com tanto tempo no mercado, é quase impossível que todas os arcos de um super-herói mantenham uma mesma qualidade ou linearidade (até porque sabemos que quadrinhos nem sempre são tradicionalmente contínuos), mas o que Friendly Neighborhood Spider-Man entrega é sem dúvidas um volume daqueles que serão memoráveis até o fim dos tempos.

Friendly Neighborhood Spider-Man, vol 1, edição #5 (2019)

A forma como Tom Taylor reinventa Peter Parker é sútil, mas ao mesmo tempo brilhante. Sua personalidade carismática está mais forte do que nunca, só que com um ar de renovação e aspectos ainda mais humanos, coisa que, pessoalmente, eu não sabia que podia melhorar.

Mesmo como um adulto, os dilemas entre salvar o mundo e levar uma vida normal, ainda são constantes nos dias de Peter. Sua relação emocional com a tia May e o jeito como lida com a possibilidade de perde-la deixa explícita a sensação de angustia e medo do Homem-Aranha para quem lê as palavras escritas por Taylor.

Friendly Neighborhood Spider-Man é para aqueles fãs do Homem-Aranha que querem um gostinho de nostalgia, mas ao mesmo tempo continuam famintos por novas aventuras dessa tão incrível personagem. Também é para os que estão sendo introduzidos na leitura de quadrinhos agora. E para os que nem pensam em começar.  O Homem-Aranha Amigo da Vizinhança é para qualquer um que acredite que super-heróis refletem mais sobre o que somos do que a maioria das pessoas pensam.