Quadrinhos | Vertigo: gênese e histórias clássicas!

Quadrinhos | Vertigo: gênese e histórias clássicas!

22 Maio, 2019 0 Por Catarina Knapki Cunha

Vertigo é o selo de quadrinhos adultos da Dc comics, criado em 1993 pela editora Karen Berger. O selo visava dar mais liberdade criativa para os roteiristas, e fugir do escopo super-heróico dos quadrinhos da Dc. A maioria dos quadrinhos da Vertigo abordam sexo, violência, uso de drogas e palavrões. Além de se aproximar do mundo real o selo Vertigo deu total protagonismo para seus roteiristas. Na década de 90 à indústria norte-americana se preocupava mais em dar destaque para os desenhistas, isso acarretou com que muitas histórias fossem descartáveis e superficiais.

A editora Karen Berger então procurou escritores novos porém promissores para escreverem os primeiros quadrinhos do selo, e disso surgiram muitas histórias memoráveis que até hoje marcam a vertigo e a indústria dos quadrinhos. Então vamos falar de três quadrinhos que iniciaram o selo vertigo e hoje são lidos como clássicos dos quadrinhos e da literatura no geral.

1- Monstro do Pântano – Alan Moore

Imagem: Google)

Monstro do Pântano é um personagem criado em 1971 na hq “House Of Secrets”, a segunda reencarnação do personagem ocorreu em 1972 esta sendo Alec Holland, a encarnação mais famosa do personagem. Alec Holland era um cientista que após seu laboratório explodir teve contato com substâncias químicas misturadas com plantas e musgos que ficavam no pântano perto de seu local de trabalho. Após a mutação, Alec vira a criatura grande e assustadora que conhecemos como “Monstro do Pântano”.

Na década de 80 o título da criatura monstruosa estava prestes a ser cancelado, então eis que na edição #20 o escritor britânico Alan Moore -que na época só havia trabalhado para a revista 2.000 A.D e para Marvel britânica- chega para mudar vários conceitos da mitologia do monstro verde e escrever a melhor fase do personagem. “ A Saga do Monstro do Pântano” de Moore durou 43 edições, foi o primeiro quadrinho de horror da Dc comics desde a década de 50 e foi o único quadrinho da época que desobedeceu totalmente as regras do Comics Code Authority (selo que censurava as produções de quadrinhos).

2- Homem-Animal de Grant Morrison

(Imagem: Google)

Homem-Animal é um herói antigo da casa das lendas, o personagem foi criado em 1965 e fez sua primeira aparição na hq “Strange Adventures”. Buddy Baker ganhou seus poderes após uma explosão de radiação advinda de uma nave alienígena, o acidente fez com que ele ao se aproximar de um animal pegasse temporariamente suas qualidades.

Até a chegada do escritor escocês Grant Morrison que na época, assim como Alan Moore, também era novato no ramo, o personagem não era popular e ficou no esquecimento por quese duas décadas. Karen Berger deu toda liberdade que Morrison precisava, e disso saiu um dos quadrinhos mais politizados da história. Homem-Animal fala sobre terrorismo ecológico, extinção dos animais, vegetarianismo e uso desumano de cobaias animais para testes científicos. Morrison ficou entre 1988 à 1990 totalizando 26 edições.

3- Hellblazer de Jamie Delano

(Imagem: Google)

Por fim, mas não menos importante, temos “Hellblazer” título de John Constantine escrito pelo britânico Jamie Delano. Após fazer sucesso em sua primeira aparição em “A saga do Monstro do Pântano” de Moore, o mago John Constantine ganhou seu próprio título. “Hellblazer: Pecados originais” de Jaime Delano conta os primeiros anos de Constantine, o autor não entrega uma história mastigada que logo nas primeiras edições entrega tudo, aos poucos o leitor vai conhecendo John e sua mitologia. A fase de Delano durou #40 edição, Hellblazer se prolongou até a edição #300.