Crítica | ‘O Homem do Norte’ de Robert Eggers é brutal, belo aos olhos e épico

O Homem do Norte é um filme de encher os olhos quando se está à procura de uma excelente produção sobre o tema

Robert Eggers ficou conhecido após dirigir A Bruxa, filme da A24 que é considerado uma das maiores obras de terror dos últimos anos. Em seguida ele trabalhou novamente com o estúdio no filme O Farol, que só elevou ainda mais a importância do diretor em Hollywood.

Em O Homem do Norte, que estreia 12 de maio, Eggers entrega uma de suas maiores direções, com um filme que pode dividir opiniões, mas que tem uma coesão.

Neste filme vemos a adaptação da lenda de Amleth (Alexander Skarsgård), que vê quando criança o pai Aurvandil (Ethan Hawke) ser morto pelo seu próprio irmão. Ao longo do filme vemos que o protagonista quer se vingar daquele que matou seu pai e resgatar sua mãe, a rainha Gudrún, interpretada por Nicole Kidman. A cantora islandesa Björk, que interpretou uma misteriosa feiticeira, deu ao filme o acabamento para as próximas cenas. Ao lado de uma bruxa interpretada por Anya Taylor-Joy, Amleth decide seguir o que lhe foi passado pela misteriosa feiticeira.

Por ser um filme nórdico, ele em si já traz personalidade e o seu peso cultural, mas é entendível essa mudança por ser o primeiro filme de grande orçamento do diretor, comparado ao investimento que seus filmes anteriores tiveram. Esse é um filme que por trás de toda a violência vemos arte, poesia e espiritualidade

Sobre a cultura, historicamente, os nórdicos são conhecidos pela sua força, coragem e lealdade. Levam a sério que para algo que queira você precisa se sacrificar, tudo pode ter um preço. Aqueles que são mortos em batalhas se juntam a Odinn e Freya em Valhala. Em diversas cenas vemos menções, principalmente durante os ritos.

O Homem do Norte que pode dividir opiniões. A trama tem referências, boa produção e investimento da Universal Pictures, que mesmo com atraso de 2 semanas, lançou o filme bem próximo ao lançamento de Doutor Estranho no Multiverso da Loucura. Como já mencionado, não devemos nos apegar às grandes cenas brutais que vemos. O Homem do Norte é um filme que merece ser assistido mais de uma vez, principalmente por seus detalhes e cenas deslumbrantes.

Robert Eggers soube encaixar o que a trama pedia, porém, peca um bocado em deixar de lado o idioma nórdico, mantendo apenas durante alguns ritos e passagens que tinha durante as cenas. Cenas que, para quem gosta de cinema de verdade, vai ver o primor e a dedicação de planos sequências. E claro, vemos Alexander que a todo custo quer cair nas graças da academia sem camisa. (o que é excelente)

Para entrar mais no hype do filme você pode conhecer a trilha sonora composta por Robin Carolan e Sebastian Gainsborough e a recomendação do editor.