Oscar: 10 Vezes que a premiação foi explicitamente injusta!

Oscar: 10 Vezes que a premiação foi explicitamente injusta!

12 Março, 2023 0 Por Murilo Fagundes

Injustiça? É com o Oscar!

O Oscar é uma das mais antigas e importantes premiações do cinema! Caminhando para sua 95ª edição, seu histórico carrega uma série de polêmicas e injustiças. Existe o senso pessoal e o comum acerca dessas injustiças, o que também dificulta colocar em uma lista com apenas dez o que poderia ser cem ou mais.

Confira aqui top 10 maiores injustiças do oscar nos último trinta anos:

1- Conduzindo Miss Daisy (1990)

Você conhece o filme Conduzindo Miss Daisy? Provavelmente não, na verdade nem os produtores desse filme devem lembrar que já produziram ele. Mas ele existiu e venceu o Oscar de Melhor filme no ano de 1990, exatamente no mesmo ano que o aclamado Sociedade dos Poetas Mortos concorria na mesma categoria.

2- Angela Bassett perde Oscar de Melhor Atriz (1994)

O Oscar já não tem um bom histórico quando é indicar atores não-brancos, e ganhar então… No Oscar de 1994, Angela Bassett era a atriz favorita para ganhar o Oscar de Melhor Atriz. Certamente o ano de 1994 teve uma concorrência gigante, a maior era Holly Hunter que vinha com o favoritismo de O Piano. Angela Bassett poderia fazer história sendo a primeira mulher negra a levar o prêmio de melhor atriz, mas acabou perdendo para o favoritismo do filme e não necessariamente da atuação de Holly Hunter.

Shakespeare Apaixonado e seu favoritismo (1999)

1999 foi um ano polêmico para a edição do Oscar, principalmente para nós brasileiros que tínhamos Fernanda Montenegro concorrendo como Melhor Atriz por Central do Brasil. O que realmente pega dessa edição é o favoritismo claro para Shakespeare Apaixonado, que se consagrou um dos filmes mais esquecíveis de todos os tempos. Na categoria de Melhor Atriz, por exemplo, era um ano com Cate Blanchett por sua excelente performance em Elizabeth, Meryl Streep por Amor Verdadeiro, Fernanda Montenegro por Central do Brasil e Emily Watson por Hilary e Jackie. Ou seja, todas as indicadas estavam melhores que a vencedora Gwyneth Paltrow. O filme ainda levou outras diversas categorias sabe se lá por que (na verdade, sabe sim cof cof Harvey Weinstein) como Melhor Roteiro Original, Melhor Figurino, Melhor Filme em um ano que tínhamos O Resgate do Soldado Ryan.

Crash: No Limite derrota O Segredo de Brokeback Mountain (2006)

2006 foi mais um daqueles anos em que o Oscar poderia fazer história positivamente, mas decidiu que não queria. O dia era 05 de março de 2006 em um domingo, O Segredo de Brokeback Mountain já tinha levado Oscar de Melhor Direção (Ang Lee), Melhor Roteiro Adaptado (Larry McMurtry e Diana Ossana) e Melhor Trilha Sonora (Gustavo Santaolalla), além de indicação em todas as categorias de atuação.

Jack Nicholson, sobe ao palco para dar o prêmio mais importante da noite (Melhor Filme) e surpreende a todos quando abre o envelope e revela Crash: No Limite como grande vencedor. Foi de fato uma surpresa para todos, nem o próprio Jack Nicholson conseguiu disfarçar o descontentamento, afinal tudo caminhava para o longa de Ang Lee como grande vencedor, mas não contávamos com a homofobia da academia.

O Discurso do Rei x A Rede Social (2011)

Em 2011 o cinema teve grandes nomes e a categoria de Melhor Filme já estava expandida, ao invés de cinco indicados tínhamos dez. Toy Story 3, Cisne Negro, A Origem, Inverno na Alma e a Rede Social (que inclusive encabeçava as apostas da maioria) eram alguns dos indicados, mas para a alegria de alguns e tristeza de muitos O Discuro do Rei acabou levando a estatueta. Não que seja um filme ruim, mas você se lembra dele? Eu não! 

Jennifer Lawrence por ‘Um Lado Bom da Vida’ (2013)

Jennifer Lawrence é uma daquelas atrizes que caiu no gosto da academia e de fato ela é boa! Mas sejamos francos, sua performance mediana em Um Lado Bom da Vida merecia um Oscar de Melhor Atriz? É importante ressaltar que ela concorria contra Quvenzhané Wallis (Indomável Sonhadora) e Naomi Watts pela brilhante performance em O Impossível. No final de tudo as pessoas lembram mais da queda da atriz ao receber sua estatueta do que se sua performance no filme.

Spotlight: Segredos Revelados vencer como Melhor Filme (2016)

2016 foi mais um daqueles anos em que tínhamos excelentes filmes, mas a academia achou mais interessante entregar o Oscar de melhor filme para o mediano. O que deixa a vitória de Spotlight ainda mais “engraçada” é lembrar que na lista tinha O regresso, O Quarto de Jack e o estrondoso Mad Max: Estrada da Fúria.

Emma Stone, por La La Land (2017)

Emma Stone foi mais uma daquelas atrizes jovens que ganharam um Oscar por um papel não tão bom. La La Land tinha um favoritismo gigante em 2017, mesmo sendo um ano de excelentes obras talvez esse favoritismo tenha ajudado a atriz desbancar nomes e performances que se sobressaíram muito mais quando falamos de atuações memoráveis como Isabelle Huppert (Elle), Ruth Negga, (Loving) e Natalie Portman (Jackie) era um dos nomes indicados na categoria, mas acabaram perdendo para a queridinha do ano.

Bohemian Rhapsody’ por qualquer categoria que ele venceu (2019)

2019 foi um ano péssimo para assistir o Oscar. Muitos filmes, poucos bons e alguns péssimos, como no caso de Bohemian Rhapsody. O filme que conta sobre a história de Freddy Mercury e o grupo Queen (com um roteiro tirado de trechos da Wikipédia), acabou atingindo o coração de algumas pessoas, mas já os olhos… Graças a um trabalho digno de Movie Maker o filme levou Melhor Montagem e na categoria de Melhor Ator, a prótese dentária do Rami Malek sobressaiu o trabalho de atores como o querido Willem Dafoe.

Green Book: O Guia’ leva como Melhor Filme (2019)

Quando falo que 2019 foi um ano sofrível para assistir o Oscar, não devemos culpar só Bohemian Rhapsody pela angústia. A categoria de Melhor Filme tinha grandes obras como A Favorita, Pantera Negra, Roma, Nasce Uma Estrela e a brilhante obra de Spike Lee, Infiltrados na Klan, mas no final da noite Green Book: O Guia acabou levando a estatueta de Melhor filme chocando todos, inclusive ao Spike Lee, que virou as costas para o discurso.