Crítica | Liga da Justiça: a nova fase dos super-heróis e da DC Comics nos cinemas

Crítica | Liga da Justiça: a nova fase dos super-heróis e da DC Comics nos cinemas

16 Novembro, 2017 0 Por Marcos Marques

Com a estreia de Liga da Justiça no dia 15 de novembro, os maiores e mais conhecidos super-heróis da DC Comics se unem em um longa muito aguardado pelos fãs. Confira nossas impressões e comentários sobre o filme, sem spoilers para os que ainda não assistiram:

Pontos positivos

A interação entre os personagens funcionou muito bem, apesar de alguns deles terem acabado de se conhecer. Os novos integrantes se encaixaram bem na equipe, entrando em sintonia com Batman (Ben Affleck) e Mulher-Maravilha (Gal Gadot), que já haviam se conhecido anteriormente. Os diálogos entre o time foram bastante explorados, o que contribuiu para criar uma boa química entre os membros da equipe.

O CGI do filme não é gritante, embora não seja totalmente imperceptível, porém não atrapalha a experiência do público. Os efeitos especiais foram muito parecidos com os de Homem de Aço (2013) e Batman vs Superman (2016), sendo definitivamente superiores ao de Mulher-Maravilha (2017).

Em relação ao roteiro, o tom do filme é bastante leve, em nenhum momento ele fica monótono e com carga pesada. É sem dúvidas um filme para a família, com cenas de ação bem agitadas e entusiasmantes. A Warner, que já foi criticada devido ao tom mais sério e pesado dos filmes da DC, atendeu a demanda do público, trazendo um pouco mais de humor ao longa. O humor do filme é super cabível e dentro do tempo e dos personagens. Flash (Ezra Miller) com certeza roubou toda a cena em relação a isso, e até pudemos ver o Batman, o Superman (Henry Cavill) e a Mulher-Maravilha sorrindo.

Pontos negativos

A duração do filme complicou muito o desenvolvimento da história: tudo acontece em um pequeno período de tempo, resolvendo-se muito rápido. Para quem não conhece as HQs  que deram origem ao filme, pode ficar um pouco difícil de acompanhar e compreender completamente o que está acontecendo.

Nesse sentido, o vilão também foi um ponto fraco do filme. Ele não é esquecível como o Ares de Mulher-Maravilha, mas não chega a ser memorável como o General Zod em Homem de Aço. O que o prejudicou o Lobo de Estepe foi a falta de uma melhor apresentação que deixasse claro seus objetivos. Mais uma vez, o público geral é prejudicado. Por outro lado, é possível que esse aspecto gere uma certa expectativa de obter as respostas nas sequencias do filme.

Vale ainda pontuar que o corpo de Gal Gadot fica exposto em vários momentos, com focos desnecessários. No filme solo da Mulher-Maravilha, a diretora Patty Jenkins não sexualizou de nenhuma forma as amazonas e nem a própria Diana. No entanto, não é a primeira vez que algo do tipo acontece com a personagem, já que o mesmo ocorreu em alguns momentos de Batman vs Superman.

Personagens

Todos os personagens tiveram seus momentos de destaque, mas Mulher-Maravilha e Flash foram os que mais brilharam no time. Gal Gadot se entregou totalmente para o papel da guerreira amazona, assim como Ezra Miller para o velocista escarlate.  Aquaman (Jason Momoa) e Cyborg (Ray Fisher) também tiveram seus momentos, surpreendendo o público que estava inseguro em relação a escolha de inserir Cyborg no longa, já que o personagem é mais conhecido na equipe dos Jovens Titãs.  Superman volta de uma forma diferente do que era especulado, porém traz ao filme a verdadeira ideia de um herói: um renascimento tanto de corpo como de alma e a esperança para o mundo.

A curta aparição de Mera nos deixou com um gostinho a mais para o filme do Aquaman, que será lançado em novembro de 2018. A personagem teve o mesmo impacto de personalidade de quando a Mulher-Maravilha fez sua primeira aparição em Batman vs Superman, e ainda vai tirar o fôlego da galera. Tivemos ainda o retorno das amazonas em uma cena de batalha maravilhosa. Dessa vez, foi possível apresentar melhor ao público as táticas de batalha das guerreiras e mostrar a verdadeira força de um exército de Amazonas.

Extras

As duas cenas pós-créditos são muito boas. A primeira é mais puxada para a comédia, enquanto a segunda, que vai muito além do imaginado, definitivamente abre portas para um futuro promissor para os filmes da DC Comics.

De forma geral, é um ótimo filme e com certeza é o passo definitivo em relação as mudanças nos longas da DC Comics, que já havia começado em Mulher-Maravilha: o longa da heroína amazona foi o primeiro filme baseado nos quadrinhos editora a ser bastante elogiado pela crítica. Em outras palavras, esse era o filme que precisávamos. Apesar de alguns erros, não deixa de ser um filme divertido e interessante. A Warner atendeu o pedido dos fãs e entregou um filme completo depois de tantos anos de expectativa.

Não perca: Liga da Justiça estreou em 15 de novembro nos cinemas em todo o Brasil! Assista e compartilhe com a gente a sua opinião sobre o filme.

Divulgação © Warner Bros.